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O Banco Central, informou por meio da ata oficial do último encontro do Comitê de Política Monetária – Copom, que a Selic, atualmente em 2%, tem condições de permanecer neste patamar por mais tempo.
Os membros do colegiado também discutiram sobre um possível “limite efetivo mínimo” para a taxa básica de juros brasileira. Eles também pontuaram que essa margem, seria consideravelmente maior em economias emergentes do que em países desenvolvidos, por conta da presença de um prêmio de risco.
“Foi ressaltado que esse prêmio é dinâmico e tende a ser maior no Brasil, dadas a sua relativa fragilidade fiscal e as incertezas quanto à sua trajetória fiscal prospectiva. Nesse contexto, já estaríamos próximos do nível a partir do qual reduções adicionais na taxa de juros poderiam ser acompanhadas de instabilidade nos preços de ativos”, explica a nota do Copom.
Retomada da economia
Já sobre a recuperação da atividade econômica brasileira, o Comitê entende que os números mais recentes sugerem uma melhora parcial, com similaridade ao que ocorre em outros países e destaca a importância das medidas do governo federal para estimular a economia nacional.
“A recomposição da renda e os demais programas do governo vêm permitindo que a economia brasileira se recupere relativamente mais rápido que a dos demais países emergentes. Prospectivamente, a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia permanece acima da usual, sobretudo para o período a partir do final deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais”, sinaliza o documento.
Apesar disso, o Comitê também pondera que a necessidade de respeitar o teto de gastos e, consequentemente, a diminuição de programas governamentais como, por exemplo, o auxílio emergencial, até o fim do ano, aumentam as incertezas sobre a velocidade da retomada da atividade econômica.
Inflação
No documento, o Copom também pede atenção para a inflação repassada ao consumidor, já que ela deve crescer a curto prazo. Essa tendência está diretamente ligada a “alta temporária nos preços dos alimentos” e “normalização parcial dos preços de alguns serviços”, seguindo a retomada da atividade econômica e aumento da mobilidade, por conta da redução do isolamento social.
Vale lembrar que nas últimas semanas, os preços dos alimentos dispararam nas gôndolas dos supermercados. Somente o arroz e o leite cresceram cerca de 30% no ano, segundo dados do IBGE.
Já as expectativas de inflação para a economia brasileira, segundo o Boletim Focus, são de:
2020 | 1,9%
2021 | 3,0%
2022 | 3,5%
E a poupança?
Com a Selic em sua mínima histórica, a aplicação mais famosa do país passa a render cada vez menos, graças a uma regra criada em 2012.
Essa determinação diz que, quando a taxa básica de juros está acima de 8,5% ao ano, a rentabilidade da poupança é de 6,17% ao ano (0,5% ao mês) mais a Taxa Referencial (TR).
Mas no momento em que a Selic é igual ou menor a 8,5%, a poupança passa a render 70% da Selic mais a Taxa Referencial. Atualmente (setembro de 2020), com o novo corte, a poupança passa a render 1,40% ao ano.
Leia mais: O rendimento da Poupança ainda vale a pena?
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