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Investir no mercado de capitais é algo que temos convicção de que pode mudar a vida das pessoas. Especialmente daquelas que o fazem com uma filosofia apropriada, buscando ganhos consistentes no longo prazo, sem alimentar ilusões de enriquecimento rápido. Mesmo assim, o mercado não deixa de oferecer riscos. Aqueles que desejam adentrar nesse mundo precisam compreender os riscos existentes e identificar aqueles dos quais podem se proteger.
Sob essa ótica, podemos dividir os riscos existentes no mercado em dois tipos: sistêmico e não sistêmico. A seguir, um pouco mais de detalhe sobre cada um deles.
O risco sistêmico é aquele que está alheio à influência de uma só empresa ou setor. Todas as empresas estão sujeitas a ele. Se você possui uma carteira de investimentos, ela estará exposta da mesma forma a esse risco independentemente do número de ativos ou dos ativos específicos que você possui.
Assim, esse risco não é diversificável e sempre estará presente. É simplesmente algo que precisamos conviver, como investidores. As grandes crises (como a bolha imobiliária americana em 2008 – a crise do subprime – ou, mais recente, a crise do coronavírus) são exemplos desse risco.
Vale lembrar que passar por uma situação dessas não é “o fim” para nenhuma carteira de investimentos que seja bem montada. Mesmo que uma crise dessas ocasione uma perda momentânea no valor dos ativos, a tendência, com o tempo, é de recuperação. Atualmente, por exemplo, os mercados já recuperaram boa parte das perdas ocorridas meses atrás com o temor por conta do coronavírus.
O outro tipo de risco é o risco não sistêmico. Esse é o risco específico de uma empresa ou setor.
Por exemplo, uma carteira concentrada no setor imobiliário sofreu bem mais nos anos de crise no Brasil do que a média do mercado. Da mesma forma, alguém que possua investimentos concentrados nos grandes bancos poderá sofrer mais em caso de novas regulações que prejudiquem de alguma forma a rentabilidade desse setor.
O interessante é que, diferentemente do caso anterior, o risco não sistêmico pode ser diminuído de alguma forma. A maneira de conseguir isso é através da diversificação.
Para isso, é preciso construir um portfólio que contenha ativos de setores diversos, não correlacionados entre si. Diminuindo esse risco, o investidor diminui o da carteira como um todo. Abaixo, é possível ver esse efeito ilustrado.
Para atingir uma composição adequada em termos de diminuição do risco não sistêmico, uma carteira contendo de 10 a 15 ativos bem diversificados já proporciona segurança suficiente. Acima disso, ganhos de diversificação são marginais.
Isso não quer dizer que uma carteira deva necessariamente conter essa quantidade de ações. Uma maior concentração, mesmo mais exposta ao risco, pode dar ganhos melhores para quem sabe o que está fazendo. Nesse caso, porém, é preciso ser ainda mais diligente e possuir maior confiança, de forma a compensar a menor diversificação.
Também não há problema em ter uma carteira maior, mesmo sem ganho adicional de segurança quanto ao risco não sistêmico, mas é importante não aumentar tanto sua carteira a ponto de ser incapaz de acompanhá-la.
Seja como for, independentemente da preferência quanto ao número de ativos específicos, conhecer esses tipos de risco é fundamental para que o investidor consiga planejar de forma mais adequada a sua construção de um portfólio de investimentos de longo prazo. O risco sempre vai existir, mas ao saber lidar com ele, nós podemos atravessar os períodos de dificuldade com muito mais tranquilidade.
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