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A variação da taxa básica de juros da economia (Selic) é um dos movimentos mais constantes no mercado financeiro. A cada 45 dias, o Comitê de Política Monetária (Copom), órgão do Banco Central, se reúne para decidir o futuro da taxa de acordo com a situação econômica do país naquele momento.
O que muitas pessoas não sabem é que a variação da Selic impacta também o funcionamento de todo o mercado financeiro. Com isso, alguns investidores passaram a aplicar em um ativo que busca blindar as oscilações do mercado: os contratos de juros futuros.
Os contratos são negociados através de derivativos sejam opções ou futuros. Esses instrumentos são contratos negociados entre duas partes que buscam apostar sobre a expectativa da taxa de juros, entre o dia da negociação e uma data futura. Nela, os dois agentes envolvidos firmam um compromisso de compra e venda baseado na taxa de juros esperada para a data de vencimento.
Ao negociar juros futuros, ou contratos de DI Futuro, como são mais conhecidos, os investidores apostam qual será o valor da taxa em um determinado período no futuro e tenta lucrar com essa negociação.
Quem negocia esses contratos considera que, embora no presente, a taxa de juros seja x, suas interpretações o levam a crer que em determinada data ela será y.
A partir disso, o investidor se prepara para o novo contexto, buscando negociar contratos futuros para lucrar o máximo possível e o faz apostando na alta ou queda dos juros por meio dos contratos.
A previsão da taxa de juros no futuro é criada a partir de análises de agentes econômicos que se baseiam em diferentes fatores que impactam o futuro da Selic na economia. Alguns fatores analisados são:
Por exemplo: imagine que a economia atual apresente sinais de que possuirá uma inflação alta em dois anos. Em períodos de inflação alta, a Selic também tende a subir para frear o consumo da população. Nesse cenário, muitos investidores passarão a apostar na elevação da Selic no futuro e tentarão lucrar caso estejam corretos.
O Contrato Futuro de DI1 negociado pela B3 tem valor notional de R$100 mil na data de vencimento, e o valor na data de negociação (PU) é igual ao valor de R$ 100 mil descontado pela taxa negociada. Como a posição é atualizada diariamente pela Taxa DI através da dinâmica de atualização do PU pelo fator de correção, o investidor que carrega a posição até o vencimento recebe ajustes diários que somados equivalem à diferença entre a taxa de juro contratada e a realizada, sobre o montante financeiro da operação.
Mas por que a Taxa DI?
Essa taxa é originalizada do já conhecido CDI (Certificado de Depósito Interbancário) que representa os juros médios praticados nos empréstimos entre bancos. A DI está geralmente próxima à Selic – servindo como principal índice de referência do mercado de renda fixa.
Como dito no início da matéria, a oscilação na taxa de juros pode possuir efeito direto e prejudicial para boa parte do mercado, como empresas que terão de pagar mais juros em seus empréstimos (em caso de alta da Selic) e bancos que terão de cobrar menos em seus empréstimos (em caso de baixa). Logo, com um ambiente tão volátil e dinâmico, os contratos DI Futuros trabalham para prover mais estabilidade e proteção aos investidores.
Ao fixar os valores da Selic para diferentes prazos no futuro, os contratos futuros funcionarão como uma espécie de “blindagem” para o mercado. Uma vez que a taxa para uma data futura já foi previamente definida, o investidor não precisará se preocupar com sua variação até lá.
Logo, a utilização mais comum deste derivativo é como instrumento de proteção e gerenciamento de risco.
Tomadores de créditos ou papéis que possuem sensível exposição ao risco da variação da taxa de juros, podem mitigar seu risco comprando o derivativo na ponta contrária de sua operação. (EX: LTN-CASADA em Tesouraria ALM)
Além do mais, é um instrumento que permite uma exposição maior a variação da taxa juros devido a sua possibilidade de alavancagem ; assim sendo utilizado também para especulação.
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